O BNDES criou uma linha de R$ 5 bilhões para interessados na compra de empresas em recuperação judicial. “Uma linha visa à melhoria das condições de financiamento para capital de giro, e uma segunda é voltada para melhorar as condições de recuperação de empresas que estejam em dificuldade, especialmente em recuperação”, explicou Oliveira. De acordo com Maria Silvia Bastos, a taxa de juros será a mesma que a empresa anteriormente teve acesso no BNDES. Ela afirma que o banco observou aspectos econômicos e sociais para adotar as medidas. Ganha a sociedade brasileira e o país, porque está se ativando o crescimento – disse ela, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto. “Ao incentivar a transferência de ativos produtivos, a medida contribuirá para estimular a atividade econômica e a função social da empresa, preservando empregos e gerando renda”, diz o BNDES. O ministro ressaltou que são recursos disponíveis do BNDES, e não haverá aporte de recursos do Tesouro Nacional. – Não estamos imunes à crise. “Estamos melhorando condições finais de taxas desde micro a grandes empresas”. Para o BNDES, o programa fortalecerá a adoção de melhores práticas de governança. O orçamento total do Programa chega a R$ 10 bilhões e o prazo de vigência vai até dezembro do ano que vem. Os custos serão reduzidos. Deste total, R$ 7 bilhões terão como destino micro, pequenas e médias empresas, com faturamento anual de até R$ 90 milhões. No começo do ano, os juros eram de 11,59%. Para a média empresa, recuou de 14,61% para 13,06% ao ano e para grande empresa de 17,11% para 16,61% ao ano. Se vinculados aos objetivos do programa, também poderão ser financiados estudos, projetos, consultorias e auditorias e capital de giro associado à aquisição e operação inicial do ativo. As empresas que comprarem os ativos dessas empresas em situação de recuperação terão obrigatoriamente de manter a atividade produtiva, mesmo que seja em outro setor. Com a ação, a ideia é preservar vagas num cenário de desemprego em alta. Segundo o BNDES, em 2015, os desembolso do BNDES Progeren atingiram R$ 1,6 bilhão. – Essa linha ajuda a mitigar a situação, mas, como o cenário está bem complicado, não vai resolver a situação. O Banco informou ainda que o apoio da instituição ao Progeren ocorre por meio de sua rede de agentes financeiros credenciados e os empresários precisarão acrescentar a esse custo de financiamento o spread do banco repassador. “O crédito será para que uma empresa saudável compre parte ou todo o ativo da empresa em recuperação judicial”, explicou Oliveira. “Há um elevado número de empresas em recuperação judicial”. Esses indicadores são muito diferentes de países desenvolvidos, que são de 20% a 30% de companhias que saem da recuperação em prazos de até três anos. As estatísticas são bastante preocupantes. – A possibilidade de a empresa sair da recuperação garantiria empregos e a cadeia de negócios.
Autor: Luisa Abreu
Fonte: Journal Oleme